A obesidade é considerada problema crônico, inclusive entre as crianças. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 41 milhões de pequenos, de todo mundo, com menos de 5 anos podem estar obesos – número que engloba tanto países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento.
Diante da necessidade da abordagem deste assunto a Unimed Cuiabá ao longo do mês trará em suas redes sociais conteúdos sobre a obesidade na Aquarela da Saúde. Todo material visa educação em saúde e o autocuidado, tendo como foco o “Agosto Marrom – Obesidade Infantil”.
A endocrinologista dra. Laila Machado explica que o tratamento da obesidade infantil é bastante complexo e a orientação de comer menos e gastar mais energia requer uma boa condução. “É necessário inserir mudanças sustentáveis no estilo de vida, com a participação ativa dos pais, que devem ser bons modelos, estimular exercícios, facilitar o acesso a alimentos saudáveis e limitar o tempo nas telinhas. Pesquisas apontam que, quanto maior o número de refeições em família, menor a probabilidade de a obesidade ganhar terreno. Isso vale desde as primeiras papinhas. Afinal, exemplos e atitudes valem mais do que mil palavras.”
Segundo a médica, estudos indicam que os pais com frequência não reconhecem o excesso de peso dos seus filhos e por vezes têm uma percepção equivocada a respeito da qualidade da dieta da família. No geral, queixam-se ao profissional de saúde quando os filhos parecem comer pouco.
Esperar a criança crescer para, então, emagrecer não é uma sábia escolha porque diversas doenças podem surgir logo na infância. Entram na lista: colesterol alto, hipertensão, diabetes, problemas osteoarticulares, além do impacto na autoestima e na qualidade de vida. “Quanto mais precoce a intervenção, maior a chance de se manter um peso saudável no futuro”, chama atenção a endocrinologista.
Para detectar crianças acima do peso ou sob maior risco de engordar os profissionais da saúde se valem de diversos cálculos e ferramentas, como o já conhecido Índice de Massa Corporal (IMC). Nos adultos, os limites são bem definidos. Na infância, porém, devido a variações inerentes ao crescimento e ao desenvolvimento, a interpretação do IMC difere de acordo com gênero e faixa etária e obedece a curvas específicas.
“A análise detalhada deve ser feita pelo médico, assim como o acompanhamento. Isso deve ser feito inicialmente pelo pediatra, e caso a curva aponte para a obesidade este irá fazer o encaminhamento para o endocrinologista, para que seja traçado o melhor plano de cuidados. O apoio e incentivo da família é essencial para o êxito, sempre!”, finaliza Dra. Laila.