Morgana Arruda Barros, de 41 anos, precisa realizar exame para encontrar uma nova medicação
Teve início, no final do mês de setembro, mais um episódio na luta da agente de turismo Morgana Arruda Barros, de 41 anos. Diagnosticada com câncer de pâncreas – estágio 4 – em fevereiro de 2020, ela vem lutando para se manter viva e vencer a doença.
A partir de março do ano passado, Morgana começou a tratar a doença que, devido ao estágio em que se encontrava, era inoperável. A inoperabilidade se deu em decorrência da formação de metástase – que é uma nova lesão tumoral a partir de outra já existente – no peritônio.
Tamanha era a agressividade da doença que, para controlá-la, ela precisou se submeter a um tratamento experimental. “A cada 40 dias eu tinha que entrar no centro cirúrgico, fazer uma videolaparoscopia e injetar uma quimioterapia a gás”, explica Morgana.
O procedimento chamado Quimioterapia Aerossolizada e Pressurizada Intraperitoneal (PIPAC) é realizado somente em São Paulo. Cada sessão custa em média R$ 90 mil, valor que não era coberto pelo plano de saúde estadual da agente de turismo. Para arrecadar o montante, ela lançou mão de diversas ações como vaquinha online e rifas.
É um novo desafio, não posso desistir! Tenho uma filha de 5 anos, tenho que fazer todo o possível para ter uma sobrevida maior
Foram 4 sessões realizadas, que conseguiram estabilizar o câncer do peritônio – metástase do pâncreas. No entanto, em setembro deste ano ele retornou, sendo necessário buscar outras alternativas para o tratamento.
“O médico quer mudar a quimioterapia que eu faço atualmente, de 15 em 15 dias, para uma por semana, ele também vai mudar a droga”, explica a Morgana.
Para descobrir qual é a medicação mais indicada para tratar a doença, o médico sugeriu um exame de biópsia líquida. A coleta do material é feita em São Paulo e enviada para a Foundation One, nos Estados Unidos.
O exame representa uma possibilidade de 15% de chances de encontrar uma droga específica e mais adequada para o tipo de câncer de Morgana. O custo para o exame é de R$ 14 mil, que também não é arcado pelo plano de saúde de Morgana.
“É um novo desafio, não posso desistir! Tenho uma filha de 5 anos, tenho que fazer todo o possível para ter uma sobrevida maior”, diz emocionada.
E eu já tenho um ano e meio tratando a doença, então eu já sou um milagre
Morgana já se sente abençoada pelo caminho que trilhou até o momento.
Segundo ela, em um quadro de câncer agressivo como o seu, a expectativa de vida seria de apenas seis meses. “E eu já tenho um ano e meio tratando a doença, então já sou um milagre”, afirma.
Até o momento, Morgana estima que já tenha gasto cerca de 400 mil no tratamento.
A mudança na rotina
Com o diagnóstico e a intensa rotina de tratamentos, Morgana se viu obrigada a interromper sua carreira.
Desde o início, tentou dar entrada no auxílio doença, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A primeira parcela, no entanto, só chegou para ela no mês passado, após entrar com um recurso judicial para receber o beneficio.
Para bancar os custos dos tratamentos que o plano de saúde não cobre, Morgana conta com as doações, rifas e outras iniciativas.
Foi a partir das doações de roupas em perfeito estado, por exemplo, que surgiu o Bazar da Morgs, onde ela vende as peças para custear um dos seus tratamentos com vitaminas e hemoterapia. “É para me manter forte, falando em imunidade, e conseguir manter a quimio”, explica.
Para ajudar com qualquer valor é possível fazer uma transferência via Pix pela chave 65981115499 ou pela conta do Banco Itaú Agência 7132, Conta 08691-4, 690.773.121-53.
Para conferir o Bazar da Morgs no Instagram basta acessar AQUI.