A concessionária Energisa acusou a igreja Assembleia de Deus de adulterar os medidores de energia, o famoso “gato”, após a justiça determinar que a empresa suspendesse uma cobrança de mais de R$ 5 mil nos últimos meses. No pedido, a igreja argumentou que durante a pandemia pagou apenas o valor mínimo de cerca de R$ 40, mas que com o retorno das atividades aa fatura de agosto de 2021 veio com os valores de R$ 4.039,58 e R$ 1.322,10, o que a juíza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro entendeu como abusivo.
No pedido, a Assembleia de Deus solicitou ainda que a concessionária não pudesse cortar a luz ou colocar o nome da Igreja nos órgãos de proteção ao crédito (SPC / Serasa). A juíza deferiu o pedido de antecipação de tutela e deu à Energisa quinze dias para ofertar contestação.
Em nota, a Energisa acusou a igreja de adulterar os medidores. Leia a íntegra:
A Energisa informa que em inspeção de rotina realizada no dia 04 de Agosto de 2021, identificou a violação do medidor de energia elétrica da igreja. Esse procedimento irregular, realizado sem o consentimento da companhia, além de colocar em risco a segurança da unidade consumidora e da população local, fez com que a energia que estava sendo consumida, não fosse totalmente registrada pelo equipamento.
A inspeção foi acompanhada pelo responsável da unidade consumidora e o processo seguiu todos os requisitos normativos pautados na regulamentação vigente da Agência Nacional de Energia Elétrica.
Diante disso, a Energisa fez a cobrança de toda a energia não faturada durante o período da irregularidade seguindo análise técnica sobre o consumo, entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Depois disso, a Igreja também se manifestou e negou irregularidades:
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, a energia utilizada no Grande Templo é contratada da empresa fornecedora de energia elétrica, Energiza. O fornecimento de energia é de alta tensão, de 33 mil volts, e quem realiza essa conversão desta energia é o próprio Grande Templo através de seus 5 transformadores internos e que são particulares exclusivos da instituição evangélica e o que garante uma alta tensão da subestação onde fica os medidores da empresa, não havendo possibilidade de tal procedimento (gato) afirmado pela empresa de energia elétrica.
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus possui hoje mais de 300 unidades consumidoras para o mesmo CNPJ em bairros de Cuiabá e Várzea Grande e que, não estaria isento de que isso possa ter ocorrido em uma de nossas unidades consumidoras. Todavia em específico as informações citadas em nota da Energiza onde foi realizado a inspeção, não pertence ao Grande templo na Avenida Historiador Rubens de Mendonça e que não existe nenhum procedimento irregular,