Greve no mundo do glamour Louis Vuitton

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Funcionários e colaboradores que atuam diretamente nas fábricas da grife Louis Vuitton, na França, protestaram contra salários e jornadas de trabalho. Durante cinco dias, os profissionais suspenderam as atividades e entraram em greve a fim de reivindicar os direitos trabalhistas que não foram ajustados nos últimos anos pela marca do conglomerado LVMH.

Centenas de servidores participaram da paralização, realizada na última quinta-feira (10/2). A Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT) recomendaram o protesto. Ambos os sindicatos também solicitaram melhores salários e diferente carga horária de trabalho.

A paralisação ocorreu em quatro das 18 fábricas de propriedade da Louis Vuitton, na França. Segundo a CGT, houve a participação de 330 trabalhadores, no total.

Nos dias de greve, os funcionários reivindicaram alterações nos horários de trabalho, para os turnos nas fábricas da etiqueta de luxo. Em entrevista ao Business of Fashion, Denis Bertonnier, porta-voz do CGT, revelou que as grades dificultam a organização de outras atividades familiares, como, por exemplo, as creches e escolas de filhos dos colaboradores da etiqueta.

Na mesma conversa, Denis Bertonnier reclamou dos baixos salários e avisos de última hora para mudanças de horários e turnos, disse ele. Segundo os sindicatos, desde junho de 2021, estão tentando alinhar um acordo com a Louis Vuitton para implementarem melhorias nos trabalhos.

Já nesta segunda-feira (14/2), a label publicou um comunicado como uma medida de transparência sobre as políticas internas, incluindo um recente aumento salarial de 150 euros no valor mensal. De acordo com a label, uma redução de duas horas na carga de trabalho semanal também foi ajustada, passando de 35 para 33 horas por semana.

“A Louis Vuitton pretende continuar com calma esse diálogo para chegar a um acordo final”, destacou a empresa. Contudo, para a CGT, os ajustes não são suficientes. O sindicato pretende que o valor chegue a 350 euros mensais, com bonificações.

Enquanto isso, a Louis Vuitton deve aumentar os preços dos produtos globalmente nesta quarta-feira (16/2), segundo um porta-voz da grife francesa. Em entrevista à Reuters, o representante explicou que os reajustes serão somados aos produtos e acessórios de moda, perfumes e os artigos de couro. “O reajuste de preços leva em consideração mudanças nos custos de produção, matérias-primas, transporte e inflação”, justificou.

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