Tudo resolvido entre o Dep. Eduardo Botelho e Júlio Campos

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O ex-senador Júlio Campos (UB) negou que tenha qualquer rusga com o deputado estadual Eduardo Botelho (UB) e pediu desculpas após acusá-lo, em um áudio que viralizou no WhatsApp, de fazer uma “campanha suja” em Várzea Grande.

Ambos vão disputar a Assembleia Legislativa nas eleições deste ano e dividem o mesmo reduto eleitoral na Cidade Industrial. Depois do áudio vazar, Botelho chegou a afirmar que ligou várias vezes para o colega de partido, mas não foi atendido.

“Não tem rusga nenhuma. O Botelho é um grande amigo, grande companheiro, e até meu parente. Está superado, não existe nada. E até quero pedir desculpa porque realmente falei o que não devia. Mas já foi”, disse Júlio.

Segundo o ex-senador, o desabafo ocorreu após uma pessoa que se passava por assessor de Botelho procurar apoiadores seus para oferecer cargos em nome do parlamentar ou até mesmo ameaçar com demissão caso não deixassem de apoiar o ex-senador. Conforme Júlio, a pessoa que estava agindo dessa forma já foi desmentida e ficou comprovado que ela não possui vínculo com a Assembleia Legislativa ou com o próprio Botelho.

“Ele estava fazendo uma campanha muito ruim, indo nas pessoas que estão me apoiando e falando: ‘Olha, se você continuar apoiando Júlio Campos você vai ser demitido da Prefeitura ou do Estado porque o Botelho manda’. Estava fazendo uma pressão indevida, injusta”, afirmou.

O ex-senador afirmou que recebeu várias denúncias e mandou o áudio em resposta a um colaborador, dizendo que o rapaz que estava agindo em nome do deputado precisava “levar um corretivo”.

“Esse cidadão precisava levar uma chamada de atenção, porque é até crime eleitoral. Você ir na casa de um cidadão e fazer ameaças de demissão ou oferecer cargos e vantagens é ilegal, imoral e criminal”,disse.

“Se a Justiça Eleitoral toma conhecimento disso pode até mesmo cassar uma candidatura”, completou.

Nervosismo de campanha

Questionado nesta semana sobre o áudio, Botelho já havia minimizado a situação, negando a acusação e ressaltando se tratar de “nervosismo de campanha”. Segundo o parlamentar, no período eleitoral há “fofocas demais”.

“Não tem desunião. É um momento de disputa, né? Um disputando com o outro. Mas é normal esse descontentamento, às vezes um ou outro fica um pouco chateado”, disse.

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