Homenagens, vida pessoal e profissional de Glória Maria, que faleceu na quinta-feira (02), aos 73 anos de idade, vítima de um câncer, vem sendo exposta na mídia.
Ao dar uma entrevista, em 2020, ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, a jornalista fez um relato do racismo que sofreu durante toda sua carreira.
Na atração, Glória contou que foi xingada pelo ex-presidente do Brasil João Figueiredo, o último chefe de estado do período de ditadura militar.
“‘Tira aquela ‘neguinha’ da Globo daqui’ (dizia ele(. E eu passei todo o governo Figueiredo ouvindo isso”, disparou a apresentadora na ocasião.
“Sempre tem uma justificativa para você estar ali em um lugar de poder, nunca é porque você tem talento, porque você tem valor. É por uma coisa qualquer. E você vai aprendendo como é o olhar das pessoas sobre você”.
“Quando você nasce negro – e eu não sou mulatinha, eu sou negra, mesmo, eu sou preta -, você aprende a reconhecer isso a 30 quilômetros de distância, você sabe onde está o racista”, finalizou Glória Maria no programa de Pedro Bial.
Racismo é crime
A IstoÉ ressalta que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível previsto pela Lei 7.716/89. Para denunciar disque 100, que é o serviço do Governo Federal para receber denúncias de violações de direitos humanos.