Nesta terça-feira (26.03), a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, foi a entrevistada especial do programa Bolha Cast , na jornada da campanha #JuntosPorElas, realizado pela rádio CBN, parceira do projeto idealizado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), com o apoio do procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, promotor Deosdete Cruz, que também foi um dos entrevistados. O programa ainda contou com a participação da secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania.
Durante a entrevista, a primeira-dama do Estado falou sobre a criação do programa SER Família Mulher, abordou a importância do combate à violência doméstica e feminicídio, cobrou leis mais severas e contou, com exclusividade, como era o relacionamento de seus pais. Ela agradeceu o convite e falou do desafio em colocar o programa SER Família Mulher em prática.
“Agradeço o convite, especialmente ao Dr. Deosdete, por toda atenção e por nos apoiar nesta luta. O maior desafio que tive foi tirar o projeto do papel. Pela primeira vez, vou contar que tive um caso de violência na minha própria família. Meu pai não batia em minha mãe, mas ele agredia com palavras. Por isso, eu sempre levei comigo que logo que eu tivesse oportunidade, eu iria ajudar mulheres em situação de violência”, revelou Virginia Mendes.
“A cada seis horas perdemos uma mulher pra a violência doméstica e a lei é muito fraca para esses casos. Precisamos de leis mais severas e eficazes, precisamos que o Congresso Nacional trabalhe por isso”, cobrou Virginia Mendes.
O procurador-geral de Justiça destacou a sensibilidade da primeira-dama do Estado no combate. “Dona Virginia é a sensibilidade em pessoa, ela é o coração da gestão Mauro Mendes. É muito importante ter o equilíbrio fiscal, investir em obras, mas olhar para as pessoas que mais precisam é mais importante que tudo isso. Por isso, sempre que precisamos de um conselho ou de uma ideia, procuramos sua ajuda”.
Deosdete Cruz reforçou o motivo que reuniu tantas pessoas e parceiros ao projeto Bolha Cast com entrevistas durante todo o mês de março. “Nós estamos aqui em razão de pelo menos 240 mulheres mortas nos últimos cinco anos. Precisamos cuidar para que esses números não se tornem somente estatísticas. São órfãos que ficaram, são sonhos que deixaram de acontecer, isso é tudo muito brutal. Somente em 2023 foram 46 feminicídios, crimes que poderiam ser evitados. Acredito que com a mudança de cultura, com repressão adequada dos crimes e com um trabalho em rede que possa funcionar, vamos conseguir mudar essa realidade. Estamos aqui plantando otimismo”.